"Não vejo racionalidade nenhuma nos mercados"

Rui Rio acusa os mercados e as agências de rating de serem pouco racionais e, por isso, prefere que Portugal saia do programa de assistência financeira com programa cautelar. Mas acredita que o Governo irá preferir a chamada "saída limpa".
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Em entrevista n'O Estado da Nação, programa de entrevistas conduzido por João Marcelino, diretor do DN, e Paulo Baldaia, diretor da TSF, o antigo presidente da Câmara Municipal do Porto escolheu falar sobre o regime, numa altura em que a Revolução dos Cravos está prestes a assinalar os 40 anos.

Defende que o País tem de reformar o regime político, sob pena de ficar sem instrumentos adequados a uma boa governação, e destaca que as instituições estão "profundamente abaladas" no seu prestígio. O poder político, acrescenta, está enfraquecido e pode cada vez menos contra os interesses privados.

Critica a judicialização da política, dizendo que "não se pode recorrer a um juiz para evitar o fecho de um tribunal", e acusa o sector da justiça de ser demasiado opaco. Num comentário à atualidade, refere que "era muito positivo se os partidos se conseguissem entender" para uma reforma do regime e admite que o seu desejo é o programa cautelar, após a saída da troika, como defesa da irracionalidade dos mercados.

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